Meu passado também condenda: Ah, o carnaval!

Iaê negada! Mesmo hoje sendo segunda. O Carnaval pra min não acabou... (Pra ninguém acho) Enfim, antecipando um post aê do nosso promissor quadro: "Meu passado também condena"...
Como evidenciar os nomes é quase que inútil né? Pois os amigos que leêm acabam sempre descobrindo o maldito desgraçado envolvido na história, mas tá tranquilo, reputação é como se fosse um castelinho de areia: Você cuida dele, deixa ele grandinho e bonitinho cuidadosamente, aí chega um filho da puta (Ou filha também, não vamos generalizar) e manda um pé bem no meio do seu castelo... já as os mais maldosos colocam o ventilador na frente do castelinho, fazendo ele desmoronar aos poucos (Assim como sua reputação!)
E really, sexta-feira agora (Dia 20), quando eu levantei da minha cama e pisei com o pé no chão, eu sentí que o meu fim de semana ia ser bom! Eu nunca fui chegado no carnaval, até porque meu negócio é rock mesmo. Agora já pagou pra ver um cara, que era guitarrista de uma banda de rock pesado (A dois meses atrás) E agora, indo pra cidade maravilhosa? Isso mesmo, Rio de janeiro, você não leu errado!
Eu e meu fiel escudeiro Fábio! (É mano, é tarde evidenciar nomes agora), fomos ao Rio! Sim! Encontrar o nosso outro amigo Victão (que também faz parte da equipe do nosso blog e atualmente mora em Santa Catarina) e talvez a nossa amiga patricinha Aline! Com objetivo de 'aproveitar' o carnaval.
Após iniciar a sexta-feira, estava um pouco atrasado, fui arrumar a minha humilde 'mala', faltando duas 2 horas pra pegar o ônibus, confesso que não levei muita coisa: Bermudas, calça, cuecas, camisa e camisinhas tudo em pares, combinei com o Ed motta Fábio na rodoviária às 17:30.
Na rodoviária, tudo normal, exceto pelo preço salgado da passagem pro RJ (R$ 115,00), tava com tanto espírito carnavalesco, que quase fui pra rodoviária de havaianas. Mas não abri mão da minha bermuda xadrez, nem da tradicional camisa branca. Ah, mais precisamente o nosso destino era [b]Nova Iguaçu[/b]. Daí então o início da nossa trip e pra minha pasma surpresa, o ônibus estava vazio! (No sentido figurado) Eu, o Edfábio, o motorista, um grupinho de mulheres nordestinas que ia pra Cabo frio e um casal gringo. O inglês deles era tão feio que pareciam poloneses conversando.
Estava entediado, a música do celular era muito baixa pra conter e exaustão dos meus hormônios, escolhi uma poltrona dos fundos, me aconcheguei na mesma me esparramando por quase dois bancos, deixando o Fábio na última poltrona jogando game boy. A viagem era longa, seis horas! Portanto, qual a alternativa mais viável a se fazer quando você vai pra um lugar que parece nunca chegar? demorado? Sim, Dormir! Foi o que fiz, olhei pro celular com a tela rachada, que marcava 18:02. Apaguei.


Dormir é uma arte, não importa o lugar! (h)

Acordei ás 21:17, acho que era isso, tendo meu rosto tomado pelo vento, esvoaçando as minhas madeixas enroladas , com o Edmotta ainda jogando seu game boy na última poltrona. Peguei a minha latinha de coca-cola, arremessei na cabeça gordo.
- Ei, porra! - Relinchou o jegue.
- Larga um pouco essa porra meu, se uma mulata te der mole e você ficar jogando game boy, eu juro que te afogo no mar. - Provoquei o gordo.
Ele mostrou seu solene dedo, eu, gentilmente devolvi, já tava impaciente, com a bunda as nádegas amassadas naquele banco.
- Falta muito pra chegar, panda?
- Olha, já faz três horas, 50% da viagem já foi, dorme aí que daqui a pouco tu acorda lá.
Balancei a cabeça negativamente, o filho-da-puta falou comigo sem se quer tirar o olho do game boy! Seguí seu conselho. Apaguei denovo. Entrei em transe, sonhei com 700 coisas, viajei mesmo (Literalmente, sem efeito droga alguma, engraçadinhos), lembro que no momento sonhava que jogava truco com a Angelina Jolie e fui acordado com um especial de tapas na cabeça, era o gordo, urrando:
- Acorda asno, tâmo no rio.
- Porra, justo agora? eu tava quase trucando!
- Quê?
- Esquece.


Resumindo, ele acabou com meu barato.

Saímos do ônibus, pegamos as malas com o motorista alcoolatra, estavámos na rodoviária de N.I (Nova Iguaçu) Cujo era um nome muito feio, que eu não me lembro. Fábio pega o seu tijolo enfiado no bolso, ligando pro glorioso Victor, que desde semana passada já estana no Rio. Estávamos sedentos de fome, salvos pela milagrosa bolacha trakinas guardada na bolsa do Panda, esperavamos o Doug Funny chegar pra salvar a pátria. (Doug Funny = Victor)
Após 15 minutos de espera, ele chegou, carregando um garrafa de Smirnoff. A partir daquele momento ví que estava fodido. O cara que sempre foi mais consciente do nosso trio, o mais velho, o mais responsável e o mais filhodaputa... Mas pra nossa sorte, não estava tão bêbado, só falava mole!
- Iaê meuzãmigus quriduss... - Disse o VIctão parecendo uma Hiena com convulsão.
Fábio levantou, dando um abraço caloroso no Victor, alías éramos amigos desde a 8ª série. Olhei a cena com uma cara desconfiada, enojando a cara bêbada do Victão.
- Se vocês quiserem se beijar eu saio pra ficarem mais a vontade... - Mandei, sacaneando as bebas.
Victão gargalhou e me abraçou também, era bom ver a negada reunida depois do fim da Incendiários (A nossa bandinha), pois alí realmente não havia picaretagem entre ninguém, se houvesse um problema: Resolveríamos que nem homens. E mulher nenhuma jamais conseguiu destruir essa amizade tão filha da puta.


Eu, Victão e o Fábio. Voltando da praia de Niterói.

O Relógio do meu cel trincado marcava 23:35, Fomos até carro do Victão, o filhodamãe tá bem. Foi aprovado no vestiba de Santa Catarina, namora uma loira danada de inteligente (Sim, ela é Loira e inteligente) e ganha bem como estagiário de engenharia (Caralho Victão, me perdoe, revelei seus dados todos aqui...)
Enfim, fui no banco da frente, era o mais consciente dos três. Fábio já mamava feito um bezerro na Smirnoff do Victor. Então era melhor eu auxiliar o motorista (E antes que a pergunta cheguem a suas humildes cabeças, não, eu não sei dirigir!).
Victão ligou o tape do carro, erguendo o som no último, tocava Ivete Sangalo, com uma porra de uma música que só ficava: "Dalila, Dalila, Dalila". Acho que até mentalizei uma dalila no meus sonhos aquela noite. Na verdade eu tava na adrenalina, querendo ouvir um Avenged, Black Sabbath, Metallica. Sei lá! Tudo que envolvesse guitarra, mãããs o carro não era meu e pra evitar uma possível reclamação do Victão eu deixei quieto, pois ele já é chato, imagina bêbado. E na verdade todos estavam com os cus em suas respectivas mãos com medo, devido ao grande número de bafômetros na cidades e eu o mais consciente, com duas hienas babando alcool até pelo ouvido. De repente meu celular vibra, olho pra tela repartida, era Aline, não exitei em atender:
- Alôw! - Gemeu ela do outro lado da linha.
- É engano! - Emendei antes dela terminar.
- Ah seu babaca! Aonde vocês estão!? - Disse ela, puta da vida.
- Eu tô no carro com dois mortos-vivos.
- Corre pra cá, eu tô em Niterói, vem logo, é rapidinho, tô esperando vocês aqui no apê, Gavião Peixoto é o nome da rua, encontro vocês no QUIOSQUE DO RUBENS! OUVIU BEM?. - Disse ela toda apressada
- QUIOSQUE DO RUBENS? QUE PORRÉSSA? - Gritei.
- Só me obedece, e vai nesse quiosque - Desligou na minha cara antes que eu recusasse.
- A Aline tá em Niterói? - Relinchou Fábio.
- Você é bêbado mas ouve bem hein? - Retruquei.
- GOINTONITEROOOOI - Disse o filho da puta do Victor, acelerando o seu Fox o máximo que podia, impressionante, que pinga era aquela? Que ao invés de deixar o peão com sono, deixa ele mais animado. Suspeito que ele esteja usando viagra.
Contei cravado no meu celularzinho trincado. 40 Minutos Até Niterói. Não aguentava mais, era um calor do caralho, tocava Jammil e não sei quantas noites na rádio com a música: Pra você. Depois de tanto rodar paramos em um quiosque em Niterói (O Pior que o o tal quiosque chama Rubens Mesmo!) esperando a Aline ligar, ao som de BONDE DA STRONDA (Takepario mesmo). Mas não, a surpresa foi melhor ainda! Ela apareceu, com 4 amigas, desfilando no calçadão. Ouvi a engasgada do Victor de longe, impressionado, e desculpa a minha falta de vocabulário, mas sim, eram todas muito gostosas. Lembro o nome somente de duas: Bruna e Jéssica (Não conseguia prestar atenção em nada além do.. ah, esquece!) E a loirinha, Jéssica, jurava de pé junto ser atriz novata da malhação, não acreditei, ela ficou puta, e passou a madrugada tentando me convencer... falando com uma voz irritante:
- Você está duvidando? Joga no Google: Jéssika Alves, com K! Vai aparecer meu rostinho lá seu tolinho.
Eu somente imendava risadas irônicas. Mas cara. Se ela for mesmo da malhação, jamais vou me perdoar por isso! E confesso, a pé vermeio era danada de linda, pena que era muito irritante.
Meu celular já marcava 2:10 da manhã, várias pessoas na rua, carro pra lá, som pra cá, negada na praia. O papo fluía otimamente bem (Putz, foi feio), tirei minha camisa. Anunciei sem receio algum pro nosso grupinho alí embebedado no Quiosque que iria pro mar, alías era uma vibe ótima e cara se Deus existe mermão, ele é carioca...
- Negada, vou molhar o rabo na praia! - Disse, largando minha coca-cola em cima do balcão de madeira do quiosque.
Todos confirmaram positivamente, exceto a loirinha que riu irônicamente. Tentativa inútil de me impedir. Fui andando lentamente pela areia, pensando em coisas tão distantes que talvez jamais iria pensar, alías, no que eu poderia pensar, não? Era só sexta-feira. Ainda teria o sábado inteiro pra curtir. Mas vou dividir essas histórias em duas partes, no próximo post: Enfim, o Carnaval!

Música do Dia: Ivete Sangalo - Vá comer Dalila ops, Sum 41 - 88